CAPÍTULO 5
SISTEMAS DE APOIO À DECISÃO NA GESTÃO AMBIENTAL
SISTEMAS ESPECIALISTAS NA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA
Elizabeth Nogueira Fernandes
Maria Conceição Peres Young Pessoa
Introdução
O agronegócio, termo usado para denominar o conjunto de agentes econômicos integrados à produção agropecuária, é hoje a atividade destaque da economia brasileira e responde por R$ 1 em cada R$ 3 gerados no País. O conceito de agronegócio está diretamente associado à ideia de cadeia produtiva, com seus elos entrelaçados e sua interdependência (CONTINI, 2004).
Com base nos indicadores que o setor vem apresentando nos últimos anos, a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) prevê que, em um período próximo de dez anos, o Brasil será o maior produtor agrícola do mundo. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2007 o agronegócio respondeu por 23,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, estimado em R$ 564,33 bilhões. A taxa anual média de crescimento da agropecuária em 18 anos foi de 3,09%, enquanto a indústria cresceu 1,79%, e serviços, 1,78%.
Um dos principais resultados do agronegócio do País tem sido em relação ao seu desempenho externo. Entre 2000 e 2006, as exportações do agronegócio dobraram, ao passar de US$ 20,59 bilhões para US$ 49,42 bilhões. Contudo, o que se destaca é a importância do agronegócio na geração do saldo comercial. Em 2006, este saldo foi de US$ 42,73 bilhões, enquanto o saldo dos demais setores foi de US$ 3,4 bilhões acumulados de janeiro a dezembro de 2006 (BRASIL, 2007).
Para assegurar, contudo, essa posição de destaque, numa economia globalizada, a agropecuária brasileira tem um grande desafio a enfrentar, que é manter a sua competitividade econômica respeitando os limites impostos pela sustentabilidade ambiental, uma vez que, ainda hoje, percebem-se determinadas práticas culturais, alternativas de manejo e de ocupação e exploração dos recursos naturais (solo e água, principalmente), totalmente inadequadas para o contexto internacional atual (NOGUEIRA; AZEVEDO, 2002).
Nesse contexto, os aspectos ligados à gestão ambiental, definida por Valle (2002) como um conjunto de medidas e procedimentos bem definidos que, se adequadamente aplicados, permitem reduzir e controlar os impactos introduzidos por um empreendimento sobre o meio ambiente, terão papel central nas relações comerciais das próximas décadas.
Embora a importância e a difusão da gestão ambiental para a agricultura sejam ainda muito pequenas, espera-se que, como em outros setores, cada vez mais empresas implantem tais sistemas (KEBELER; SILVA JÚNIOR, 1997).
Em particular as atividades de planejamento ambiental abrangem grande diversidade de atividades focalizando os ecossistemas e integrando-os também a aspectos de planejamentos estratégico (identificação, avaliação e priorização de objetivos em curto, médio e longo prazos) e operacional (implementação das atividades relacionadas aos objetivos priorizados). Dessa forma, o planejamento ambiental demanda a integração de conhecimentos provindos de várias áreas de conhecimento distintas, onde muitas delas fazem uso de heurísticas adquiridas no seu processo de formação. A organização de todo esse acervo de informação necessário ao efetivo planejamento muitas vezes encontra-se dispersa ou limitada ao seu possuidor, dificultando uma tomada de decisão apoiada em conhecimento mais abrangente e atualizado.
O setor agropecuário emprega tecnologia agrícola de forma intensiva. Contudo, para Machado et al. (2002), uma das áreas pouco modernizadas refere-se exatamente à gestão de processos administrativos, e nesse contexto a utilização da informática destaca-se como uma ferramenta indispensável, já que auxilia no processo de tomada de decisões rápidas e seguras, que representam condição básica para o sucesso da atividade.
Segundo Hervieu (1993), em função da incerteza que rodeia o setor agropecuário, com reflexos no setor agroindustrial, o desempenho das empresas é largamente dependente da sua capacidade de avaliar situações, antecipar eventos e adaptar-se à crescente competitividade do mercado. Verifica-se, portanto, que a própria lógica dos negócios começa a empurrar os empreendedores do campo para a informática. A integração de técnicas de informática com as de telecomunicações (a exemplo da transmissão de dados por satélite), também chamadas de telemática, vem auxiliando na proposição de ferramentas de rastreabilidade dos principais sistemas produtivos nacionais.
O avanço da tecnologia da informação tem disponibilizado importantes ferramentas computacionais para a gestão de recursos naturais, como os Sistemas Especialistas (SEs), Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD), que apresentam a vantagem de armazenar, processar e recuperar, de forma ágil, uma vasta quantidade de informações. Essas ferramentas, entretanto, não conseguiriam atingir potencial de utilização e agilidade de obtenção de resposta, caso não fossem evidentes os avanços de hardware e software dos últimos 20 anos, que possibilitaram baratear preços de computadores e, assim, de integrá-los às atividades de diferentes segmentos sociais.
Começa-se a evidenciar, dessa forma, a importância da tecnologia, seja da informação ou de comunicação, como uma ferramenta estratégica para melhorar a eficiência, tanto das unidades produtivas isoladas como do agronegócio como um todo, embora, na prática, algumas barreiras ainda tenham que ser vencidas.
De acordo com Alves (2000), as principais dificuldades para adoção mais rápida dessas tecnologias por parte dos atores sociais envolvidos concerniam as dificuldades culturais do produtor à adoção de novas tecnologias, os custos de implantação do sistema, os problemas decorrentes para a disponibilização de ferramentas geradas como protótipos acadêmicos e a dificuldade de geração de informações para alimentar os sistemas existentes. Para esse autor, essas dificuldades justificam, em grande parte, os baixos índices de adoção dessas tecnologias verificadas no campo no final da década de 1990, pois o número de empreendimentos rurais brasileiros que possuíam computador era de 18% e os que acessavam a internet não ultrapassavam 4% (VILLELA, 2000).
Todos os produtores rurais, segundo Oliveira (1995), podem e devem utilizar-se da tecnologia de informação para melhorar seus resultados operacionais, por meio de um planejamento mais eficiente do uso dos recursos disponíveis. Na opinião de Zullo Júnior (1995), embora haja necessidade contínua de pesquisa e desenvolvimento para gerar novas informações cada vez mais importantes para as atividades agropecuárias, já existe uma boa quantidade delas produzida nos últimos anos nesse setor e que poderiam ser disponibilizadas ao público.
O acesso à tecnologia não demanda, necessariamente, altos investimentos. Pode-se adquirir um microcomputador e instalá-lo na propriedade rural ou na agroindústria, ou mesmo trabalhar em redes locais, nos casos de empresas maiores. Em relação aos pequenos produtores, as cooperativas ou mesmo os sindicatos rurais poderiam assumir esse investimento, constituindo-se, assim, num centro de informações e proporcionando melhorias na qualidade das decisões e do planejamento desse segmento (OLIVEIRA, 1995).
Realçada a importância da informação para a sustentabilidade do agronegócio brasileiro, este trabalho tem por objetivo mostrar, por meio de exemplos aplicados, como os Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) que utilizam a tecnologia de Inteligência Artificial (IA), especificamente os SEs, podem oferecer aos diversos elos da cadeia produtiva alternativas para resolução de problemas específicos, uma vez que permitem a representação do conhecimento de tomadores de decisão experientes. Wright et al. (1993) apontaram a aplicabilidade desses sistemas especialistas ao planejamento ambiental.
Cenários alternativos podem ser avaliados, principalmente se os SEs forem utilizados como componentes de sistemas mais abrangentes de apoio à decisão, integrados a outras ferramentas como modelos matemáticos/simuladores, SIGs e SGBDs, permitindo a maior integração de dados disponibilizados em diferentes meios e a maior otimização no processo de análise e de avaliação de decisões.
Sistemas Especialistas: conceitos e tipos
Diversos autores (FERNANDES, 1997; GENARO, 1986; HARMON; KING, 1986; JACKSON, 1990) abordam com profundidade os conceitos, a estrutura, as fases de desenvolvimento dos SEs, as linguagens e ferramentas utilizadas, não sendo, portanto, objetivo deste trabalho repetir esse conteúdo, limitando-se ao levantamento dos SEs já desenvolvidos no Brasil que podem contribuir para a solução de problemas específicos da gestão ambiental desse segmento. Mesmo assim, para um nivelamento do público diferenciado preocupado com a questão, faz-se necessária a apresentação de considerações mínimas sobre a ferramenta.
Conceitos
Os Sistemas Especialistas (SEs), denominados Expert Systems (ES), na conceituação de Harmon e King (1986, p. 12) são “programas inteligentes de computador que utilizam conhecimentos e procedimentos inferenciais para resolver problemas que são bastante difíceis a ponto de requererem, para sua solução, muita perícia humana”.
Esses sistemas são capazes de produzir sugestões além de estabelecer conclusões de forma semelhante a profissionais especializados em determinada área do conhecimento, em virtude da capacidade de armazenar e disseminar, de forma amigável, os conhecimentos e experiências acumulados por tais especialistas.
De forma bem simplificada, a estrutura básica de um SE é composta de uma base de conhecimento (regras, fatos e heurística), onde estão armazenados os conhecimentos extraídos do especialista; um mecanismo de inferência, que é o núcleo do sistema, onde os fatos, as regras e a heurística são aplicados no processo de recuperação e resolução do problema; e uma interface com o usuário, que procura tornar o sistema fácil e agradável, eliminando-se as complexidades e proporcionando subsídios para julgar a pertinência da solução apresentada pelo sistema, ou seja, se adota ou não a solução proposta pelo sistema (FERNANDES, 1997; HARMON; KING, 1986; JACKSON, 1990).
Nos últimos anos o desenvolvimento de SEs para a agricultura vem se ampliando não somente nos países desenvolvidos como também nos países em desenvolvimento. Atribui-se esse fato à crescente complexidade dos problemas verificados nesse setor, tais como queda da produção, erosão do solo, declínio no preço de mercado por causa da competição internacional, aumento dos custos de fertilizantes e de resistência às pragas pelas culturas, e barreiras econômicas e fitossanitárias, entre outras. Este cenário exige, por parte dos atores envolvidos, maior discernimento e capacidade para adoção das melhores estratégias gerenciais. Neste ponto os SEs revelam-se como uma alternativa eficiente para levar as tecnologias geradas pelos pesquisadores diretamente aos usuários sem diluição do conteúdo, que normalmente acontece em vista do grande número de agentes envolvidos num sistema convencional de transferência de tecnologias (RAO, 2004).
A área de extensão agropecuária também vem sendo beneficiada com aplicações de SEs, a exemplo dos resultados já alcançados nos países desenvolvidos para os programas elaborados com a finalidade de auxiliar no processo de tomada de decisão de problemas específicos. Em alguns desses países, como Austrália e Inglaterra, por exemplo, os agricultores podem utilizar os SEs diretamente dos escritórios de suas propriedades, acessando sites específicos ou redes oficiais disponibilizados na internet; muitas dessas redes apoiam o desenvolvimento desses sistemas especialistas incorporando resultados ou fomentando ações de universidades e de agências de pesquisa (RAO, 2004).
Rao (2004) destaca a utilização com sucesso dos SEs na agricultura chinesa, principalmente nas áreas de fertilização, irrigação e manejo animal, com reflexos diretos no crescimento da agricultura e das pesquisas em inteligência artificial no País.
No Brasil, o panorama é um pouco diferente. Os sistemas especialistas, segundo Yamaguchi et al. (2002), apesar do grande avanço observado quanto a desenvolvimento nas últimas décadas, ainda são desconhecidos pela grande maioria dos profissionais das ciências agrárias e dos dirigentes de cooperativas e de indústrias de laticínios.
De acordo com Silva, citado por Moura (1996), o potencial de utilização dos SEs nas áreas relacionadas à economia agrícola encontra-se na administração rural e na extensão rural. Para Yamaguchi et al. (2002), no entanto, o segmento das agroindústrias tem se destacado, mesmo que timidamente, com o desenvolvimento e uso de SEs no planejamento da produção industrial, diagnósticos de contaminação e intoxicação alimentar e do monitoramento dos processos produtivos.
Dentre as diversas potencialidades dos SEs, Oliveira (1995) destaca: a) profissionais experientes em áreas como análise de mercado ou estimativa de custos de produção poderão manter os aspectos mais relevantes desse conhecimento disponíveis; b) órgãos de planejamento poderão utilizar esses sistemas para padronizar métodos de previsão de safras; c) extensionistas poderão utilizar os SEs para aconselhar produtores sobre alternativas de financiamento, práticas de cultivo e outras aplicações.
O potencial de uso dos sistemas de apoio à decisão para a administração rural foi muito ampliado pelo surgimento de Shell1, para o desenvolvimento de SEs. Dentre os Shells mais conhecidos podem-se citar: GURU, Personal Consultant, Level 5, Knowledge-Pro, Crystal, Nexpert-Object, VP-Expert e CLIPS, entre outros (OLIVEIRA, 1995; RAO, 2004).
Pucci Júnior (2003) também enfatiza que o SE pode se tornar bastante viável se for projetado para operar como um SAD, aumentando a capacidade do especialista humano, em vez de um sistema solucionador de problemas.
Tipos de Sistemas Especialistas
De acordo com Crippa (2004) e Oliveira (1995), os SEs podem ser classificados quanto às características do seu funcionamento, em dez categorias, a saber:
Interpretação – São sistemas que inferem descrições de situações a partir da observação de fatos, fazendo uma análise de dados e procurando determinar as relações e seus significados.
Diagnóstico – São sistemas que detectam falhas a partir de observações sobre o seu comportamento, e apontam possíveis problemas de funcionamento.
Monitoramento – Interpreta as observações de sinais sobre o comportamento monitorado.
Predição – A partir de uma modelagem de dados do passado e do presente, esse sistema permite uma avaliação da tendência de comportamento futuro.
Planejamento – O sistema prepara um programa de iniciativas a serem tomadas para se atingir um determinado objetivo.
Projeto – É um sistema capaz de justificar a alternativa tomada para o projeto final, e de fazer uso dessa justificativa para alternativas futuras.
Depuração – Trata-se de sistemas que possuem mecanismos para fornecerem soluções para o mau funcionamento provocado por distorções de dados.
Reparo – Esse sistema desenvolve e executa planos para administrar os reparos (correções) para os problemas verificados na etapa de diagnóstico.
Instrução – O sistema de instrução ou capacitação tem mecanismos para verificar e corrigir o comportamento do aprendizado dos estudantes.
Controle – É um sistema que governa o comportamento geral de outros sistemas (não apenas de computação), envolvendo atividade de verificação, predição, diagnóstico, reparo e planejamento, entre outras. Esse plano de correção é executado e monitorado para que o objetivo seja alcançado.
SEs aplicados à agropecuária brasileira
Nos últimos anos percebe-se um aumento da utilização da tecnologia de SEs para as mais diversas finalidades na agropecuária, de forma isolada ou integrada à base de dados, a modelos matemáticos e a SIGs.
A partir de um levantamento detalhado nas bases de dados bibliográficos, internet e anais de congressos, possibilitou-se elaborar uma lista dos sistemas especialistas aplicados à agropecuária brasileira mais citados na literatura. Maiores informações poderão ser obtidas nas referências citadas.
Doctor Coffee – Esse SE foi construído para diagnóstico de doenças, deficiências, pragas e nematoides do cafeeiro, com objetivo de adquirir e organizar conhecimento, dar suporte a extensionistas na tomada de decisões e auxiliar no ensino de graduação. Na fase de construção do SE, foram consultados três especialistas, sendo um em fitopatologia, um em entomologia e outro em nutrição mineral. Este sistema contém 229 regras, 182 fotos e abrange 13 doenças, 8 deficiências nutricionais, 9 pragas, 4 espécies de nematoides e 12 desordens fisiológicas e danos diversos. A interface foi desenvolvida em Delphi, e, ao chegar ao diagnóstico, o sistema disponibiliza fotografias e informações sobre o manejo aplicável à causa relacionada. Para validação do sistema, dez diferentes distúrbios foram diagnosticados por 30 usuários, de três diferentes níveis de conhecimento. O índice de acerto dos usuários foi de 35,7%, e do SE, de 96,7%. Os resultados obtidos demonstram a possibilidade de utilização de SEs como ferramenta de apoio à decisão para diagnose de doenças e no ensino de sintomatologia e diagnose para alunos (PINTO et al., 2004).
Automated Land Evaluation System (Ales) – É um sistema especialista dedicado à avaliação de terras. Desenvolvido pela Epagri por meio do Centro Integrado de Informações de Recursos Ambientais (Ciram). Esse sistema é um módulo do Sistema de Informação do Recurso Terra (Sirt), que tem por objetivo disponibilizar informações essenciais aos técnicos para a planificação da atividade agrícola e do uso racional dos recursos naturais. Esse projeto utilizou como área piloto a Microbacia Hidrográfica Arroio do Tigre (MHAT), com 1.030,94 ha, localizada no Município de Concórdia, SC. Como são várias as opções de uso da terra indicadas pelo Ales, outros softwares são utilizados para otimização desses cenários gerados. Dessa forma, foi desenvolvido um aplicativo denominado Gerador de Cenários Otimizados (GCO), baseado no método matemático de Programação Linear. Nesse aplicativo foram desenvolvidos módulos de rotina para automatizar as tarefas repetitivas e chegar-se ao resultado mais rapidamente (BRAGA et al., 2004).
Sistema Especialista aplicado à recomendação de adubação e calagem nas principais culturas do Estado de São Paulo – O sistema tem a função de, a partir de dados obtidos por meio da análise de solo de um determinado terreno (P, K, T e V2) e de uma dada cultura, auxiliar profissionais da área de agronomia a fornecer um diagnóstico sobre a adubação e calagem para esse terreno (MODONESE et al., 1995).
SISTSAN, um protótipo de sistema inteligente multimídia para apoio ao gerenciamento da qualidade em indústrias de laticínios – O sistema foi desenvolvido com objetivo de auxiliar os processos de gestão da qualidade total (TQM) em indústrias de laticínios. Dividido em três módulos, combina as tecnologias de multimídia e inteligência artificial para oferecer apoio nas formas de tutorial baseado em hipertextos, acesso dinâmico a informações e diagnósticos especializados. O primeiro módulo apresenta um tutorial sobre conceitos de TQM e processos de implementação. O segundo apoia a identificação de itens de controle para uma linha de processamento de leite pasteurizado e assiste ao usuário no diagnóstico de problemas de limpeza e sanitização, também se referindo à legislação vigente, quando necessário. O terceiro módulo analisa as práticas de controle da qualidade do produto utilizada pelo usuário. As avaliações feitas com profissionais da área de laticínios denotaram a funcionalidade do sistema e apontaram para um expressivo potencial de uso para as finalidades propostas (FONSECA FILHO et al., 1999).
ACQUA_SIST – Esse sistema especialista, aplicado ao controle e tratamento de água na indústria de alimentos, foi desenvolvido por uma equipe interdisciplinar dos Departamentos de Tecnologia de Alimentos, Química e Solos da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O sistema permite a consulta e emissão de laudos técnicos para condições de potabilização de mananciais e também para aplicações específicas dentro da indústria de alimentos, tais como a avaliação da qualidade da água para geração de vapor em caldeiras de baixa, média e alta pressões. Abrange também a avaliação da água de resfriamento de latas após a esterilização comercial, de equipamentos, de processos e de sistemas de refrigeração, bem como para a higienização de paredes, pisos, superfícies de alimentos, tubulações e equipamentos. Pode ainda efetuar consultas sobre a legislação vigente no que se refere às condições de potabilização de mananciais e padrões de potabilidade de água (ANDRADE; MACÊDO, 2004; MACÊDO, 1994).
BAC-SIST – Sistema especialista que tem por objetivo a diagnose de toxinfecções de origem bacteriana. Destinado principalmente aos administradores de serviços de alimentação, o software é constituído de três módulos. O primeiro avalia os aspectos epidemiológicos de surtos, definindo se o problema é uma intoxicação ou infecção. Também fornece indícios sobre os prováveis microrganismos envolvidos. O segundo módulo avalia informações de análises laboratoriais dos alimentos envolvidos no surto, enquanto o terceiro componente do sistema avalia informações de exames laboratoriais de material recolhido da população envolvida no surto. A partir dessas análises, um laudo final é emitido (FREITAS; ANDRADE, 2004; FREITAS, 1995).
Um sistema especialista para auxílio na elaboração de recomendações para agricultores no controle da sarna da macieira – O objetivo do SE é auxiliar a elaboração de recomendações para agricultores no que tange ao controle da sarna da macieira no Sul do Brasil. O objetivo atende uma demanda específica do sistema de pesquisa agropecuária de Santa Catarina. Uma avaliação benefício/custo do sistema desenvolvido indicou uma alta taxa de retorno para o investimento realizado na sua elaboração (TODESCO, 2004).
Solar, um sistema inteligente de apoio à decisão para o planejamento de propriedades agrícolas – Trata-se de um SAD, integrado a sistemas especialistas, desenvolvido para assistir produtores rurais e extensionistas no processo de definição de planos de produção para uma empresa rural. A base de dados do SAD armazena informações sobre sistemas de produção para diversas culturas, preços de produtos, custos de insumos e níveis de recursos disponíveis na propriedade. A orçamentação e a otimização dos planos de produção pela programação linear (PL) são alternativas de análise disponíveis na base de modelos do SAD. Os resultados da PL são ainda interpretados, em linguagem de fácil entendimento, com o auxílio dos sistemas especialistas. O sistema está sendo utilizado com resultados favoráveis junto ao programa de extensão da Elekeiroz, empresa do setor de fertilizantes do Estado de São Paulo (OLIVEIRA et al., 1995).
Sistema inteligente de apoio à decisão (Siad) no planejamento e gerenciamento de programas alimentares de frangos de corte – O objetivo do trabalho foi desenvolver um Siad fundamentado em técnica de sistema especialista que auxilie o gerenciamento de empresas avícolas, por meio da análise de rentabilidade econômica da etapa de alimentação do processo de produção de frangos de corte. Especificamente, buscou-se implementar um SAD para análise de dados zootécnicos e econômicos de vários programas alimentares, indicando o melhor programa em termos de rentabilidade econômica para um determinado cenário montado. Buscou-se também desenvolver SEs para interpretação desses resultados em linguagem acessível a qualquer usuário. O sistema desenvolvido oferece uma alternativa para as práticas correntes de gerenciamento de dietas na agroindústria avícola. O sistema foi desenvolvido utilizando-se os softwares comerciais Quattro Pro 3.0 (Borland International Inc.), o ambiente de desenvolvimento de sistemas especialistas Level 5 (Information Builders Inc.) e recursos de programação em lote do MS-DOS (Microsoft) (MOURA et al.,1995).
Sistema Inteligente para Planejamento Agropecuário e Ambiental (Sipaa) – Esse trabalho propõe a modelagem e construção de um sistema especialista para diagnóstico de aptidão agrícola para gestão ambiental, através de modelos de sistemas inteligentes. A implementação foi feita no Clips 6.1/jess e a validação, com dados reais obtidos da Embrapa, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do estado de Goiás (Emater-GO). Foi escolhida a região de parte da bacia do rio Araguaia por ser uma região importante no aspecto ambiental, a qual vem sofrendo grande pressão em seus ecossistemas com projetos agropecuários sem a devida avaliação dos impactos ambientais advindos dessas atividades. O trabalho abre também perspectivas para incorporação de outras fontes de informação como imagens de satélites e agricultura de precisão. A estrutura do sistema é flexível, possibilitando a inserção de novos dados e alterações aos já existentes (BORGES; BORGES, 2000).
DELEITE – Sistema construído com o objetivo de emitir diagnósticos sobre problemas relacionados com alimentação, sanidade e manejo reprodutivo de rebanhos leiteiros. Pelo uso de diálogos estruturados, o sistema solicita ao usuário externo informações necessárias para a formação de um diagnóstico. Ao final de uma sessão de interação, o sistema emite um laudo para o usuário, contendo um diagnóstico preliminar do problema detectado. Foi construído pelo uso de técnicas originadas da engenharia de conhecimento e sua base de conhecimento atual conta com 104 regras heurísticas depuradas e validadas por mais de um especialista. Seus diagnósticos atingem um alto grau de acerto, concordando com os dos especialistas que o testaram (BRAGA et al., 1997, 2002).
BICSYS – Trata-se de um sistema integrado de análise da dinâmica populacional do bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis Boheman), desenvolvido com o intuito de monitorar a dinâmica populacional dessa praga em diferentes cenários iniciais de infestação, interagindo técnicas de simulação de sistemas e de inteligência artificial. A partir de dados médios obtidos em lavouras sujeitas aos Programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP), é simulado o ambiente inseto-planta-meio físico encontrados no Brasil, determinando períodos críticos onde a praga pode alcançar o Limiar Econômico (LE) e o Nível Econômico de Dano (NED). O sistema principal (SP) apresenta os fatores bióticos analisados, representados por três modelos matemáticos dinâmicos compartimentais, contendo informações detalhadas sobre os componentes biológicos da praga na região de Campinas, SP. Os fatores físicos do meio ambiente também se encontram no SP, utilizando como parâmetros as temperaturas diárias máxima e mínima, aplicadas ao conceito de constante térmica, e as pluviosidades diárias, em milímetros, geradas aleatoriamente. Acoplado ao SP encontra-se um SE responsável pela decisão de entrada de baterias de inseticidas seletivos, orientados pelo MIP. O sistema integrado permite a criação de cenários facultando a presença da população do parasitoide do bicudo, Bracon vulgaris, promissor ao controle biológico da praga. A versão 0.0 foi desenvolvida em linguagem C da SUN Sparc-Station (PESSOA, 1994; PESSOA et al., 1995).
AGROFLO – O sistema foi desenvolvido com o objetivo de demonstrar a viabilidade e a aplicabilidade dos sistemas especialistas no processo de planejamento e desenho de sistemas agroflorestais, especificamente para o caso de sistema Taungya, uma forma particular de estabelecimento de culturas florestais em associação com culturas agrícolas temporárias. Em vista da grande amplitude latitudinal e longitudinal do Estado de Minas Gerais, o sistema teve suas recomendações restritas a duas áreas geográficas do estado – a Macrorregião de Planejamento I, Metalúrgica e Campo das Vertentes, e a Macrorregião de Planejamento II, Zona da Mata Mineira. O sistema foi dividido em quatro módulos. O primeiro seleciona os componentes do sistema agroflorestal, o segundo e o terceiro determinam o espaçamento e a necessidade de adubação das culturas, respectivamente, e o quarto módulo agrega as informações anteriores e as apresentam ao usuário na forma de um relatório conclusivo. O resultado do teste de validação do AGROFLO mostrou que o sistema incorporou, com sucesso, o conhecimento dos especialistas consultados. Esse fato, aliado ao baixo tempo de execução apresentado, pode torná-lo um instrumento útil para demonstrar a potencialidade da utilização da técnica de sistemas especialistas na área de agrossilvicultura, associada aos programas de fomento florestal (FERNANDES, 1994; FERNANDES; SILVA, 1995).
Diagnóstico de doença de milho – Esse trabalho relata aspectos de um sistema para diagnóstico de doenças do milho que foi implementado pela Embrapa Informática Agropecuária em parceria com a Embrapa Milho e Sorgo. Esse trabalho objetiva a implantação de um ambiente na área de sanidade que possibilite o diagnóstico de doenças remotamente e permita também que os produtores e extensionistas tenham um maior acesso aos veterinários e fitopatologistas da Embrapa por meio de consultas virtuais. O sistema integra três facetas tecnológicas: SEs, internet e Sistemas de Multimídia (MASSRUHÁ et al., 1999).
CERESSEFS – O objetivo foi o desenvolvimento de um sistema especialista para realizar o cálculo da necessidade de calagem do solo para diferentes culturas, instaladas em diversos estados brasileiros. O programa desenvolvido pode ser executado tanto pela internet (como um applet) quanto fora dela (como uma aplicação). Um sistema desse tipo torna-se cada vez mais importante e indispensável aos técnicos, de um modo geral, pelo fato de agilizar o processo de recomendação de corretivo, ter facilidade no uso e comodidade (pois pode ser acessado de qualquer lugar, desde que se tenha acesso à internet). O sistema foi desenvolvido na linguagem de programação Java, usando para modelagem a linguagem UML (SOARES, 2003).
SAGRI – Esse trabalho apresenta o desenvolvimento do protótipo de um sistema computacional baseado no conhecimento de especialistas da área agrícola para, numa primeira etapa, orientar o agricultor na análise e correção de solos, com sugestões de adubações ou indicação de culturas apropriadas às características de sua área de cultivo. Isso requer o conhecimento de especialistas e técnicas computacionais que em geral não se acham disponíveis na maioria das áreas de produção (GOTTGTROY; MONAT, 1995).
TOMEX-UFV – Trata-se de um SE construído a partir da organização do conhecimento de especialistas na diagnose de doenças do tomateiro. O objetivo é dar apoio a técnicos da extensão na tomada de decisão, e auxiliar docentes e pesquisadores, como ferramenta educativa. O conhecimento foi organizado de forma hierárquica, por meio de uma árvore de conhecimento. O sistema é de fácil utilização e altamente interativo. Os diagnósticos são acompanhados do nível de confiança a ser depositado na resposta. O SE contém 78 perguntas e 111 regras, as quais auxiliarão no diagnóstico de 25 doenças de causas parasitárias e de 9 desordens nutricionais. O protótipo possibilita ao usuário, em caso de dúvida, o acesso a um menu de ajuda com um glossário de termos e várias fotografias de sintomas. Ao chegar a um diagnóstico, o SE apresenta ao usuário fotografias e uma breve descrição da enfermidade. O SE teve um índice de acerto nas diagnoses de 95,8% no processo de avaliação, contando com a participação de 30 usuários, os quais realizaram o diagnóstico de 11 enfermidades do tomateiro (POZZA et al., 1997).
Sistema especialista para aplicação do composto de lixo urbano na agricultura – Trata-se de um software que processa todo o conhecimento existente em relação a critérios e normas de aplicação do composto de lixo urbano na agricultura e, de acordo com os dados inseridos de composição do solo e do composto a ser utilizado, sugere alternativas de aplicação. O sistema é validado por regras que analisam a qualidade do produto estabilizado, em função do tempo de compostagem do lixo e a quantidade de nutrientes que devem ser aplicados na forma de composto, com base na verificação dos teores nativos de fósforo e potássio no solo e dos valores de nitrogênio, fósforo e potássio no composto. A base de conhecimento do programa traz uma síntese de vários resultados de pesquisas de especialistas da equipe multi-institucional que desenvolveu o sistema (SILVA, 2004).
Sistema especialista em patologia de sementes – Esse sistema foi desenvolvido com o intuito de contribuir para o cumprimento legal das normas exigidas por programas de defesa vegetal atualmente vigente, e facilitar a identificação de fungos no Teste de Sanidade (Blotter Test). Foram utilizados os softwares Macromedia Flash MX e Macromedia Dreamweaver MX para o desenvolvimento do sistema, os quais permitem a divulgação on-line do trabalho (via internet). O SE apresenta opção para identificar os principais fungos das sementes de algodão, arroz, cenoura, feijão, girassol, milho, soja, sorgo e trigo submetidos ao teste de sanidade. O software possui fotografias e ilustrações dos patógenos na superfície das sementes, algumas vezes em meio de culturas e sob montagem de lâminas, além de textos relacionados aos possíveis sintomas. O sistema conta ainda com a descrição de métodos especiais para diagnose de patógenos em sementes e filmes explicativos sobre materiais e equipamentos essenciais para um laboratório de patologia de sementes, preparação de lâminas para observação sob microscópio composto, montagem do teste de sanidade e rolo de papel (ALVES et al., 2003).
Semeare – Sistema especialista de apoio à decisão no processo de regulagem de semeadoras, desenvolvido com a ferramenta computacional Expert SINTA. A base de conhecimento foi composta por informações de discos dosadores, sementes e máquinas. Foi considerada também a interferência de fatores subjetivos que são determinados pela experiência do especialista, os quais proporcionarão perda na semeadura, e que devem ser considerados nos vários cálculos. O Semeare, realizando processos de inferência sobre o conhecimento inserido, gera várias informações conclusivas, tais como o índice de enchimento do disco dosador (população de plantas) e os danos físicos e latentes nas sementes. Os resultados obtidos permitem concluir que o sistema possui uma base de conhecimento confiável, e que sua aplicação é viável para facilitar o processo de tomada de decisão do produtor (GUIMARÃES et al., 2003).
Otimização de um sistema especialista na avaliação de terras para fins de reflorestamento – O objetivo deste trabalho foi testar a metodologia, ajustar os critérios adotados, propor e testar modificações no programa SIAT versão 2.0, um sistema especialista para avaliação de terras. Foi então criada no SIAT uma interface de comunicação com o IDRISI que permitiu a troca de dados entre os dois programas. Isso possibilitou que mapas fossem digitalizados e processados pelo AutoCAD e pelo IDRISI a partir de imagens do Satélite TM/Landsat 5, de fotografias aéreas, cartas de solo, clima, vegetação, etc. da bacia hidrográfica do rio Jacaré-Pepira, no Estado de São Paulo. Foi adotada, com sucesso, uma equação para o cálculo da erosividade da chuva no lugar do mapa original do SIAT. Outro objetivo foi desenvolver uma metodologia para identificar áreas com potencial para reflorestamentos a partir dos resultados gerados pelo SIAT. A aplicação dessa metodologia mostrou que a maior parte da bacia tem potencial, oferecendo resultados consistentes, embora a inclusão de mais variáveis possa aprimorar os resultados (FONSECA FILHO, 2004).
Erosys – O sistema denominado Erosys é um sistema inteligente de suporte à decisão que integra técnicas de SIGs, SEs, base de dados e modelagem matemática, com objetivo de: a) promover a avaliação da aptidão agrícola das terras, utilizando a técnica de SE; b) avaliar quantitativamente a erosão total e por cultura, utilizando a Equação Universal de Perda de Solo (EUPS); c) identificar áreas de conflito entre o uso atual e potencial do solo, bem como áreas com perda de solo acima do limite de tolerância; d) recomendar práticas de manejo para conservação e manejo do solo; e) estimar a perda de fertilizantes na área em termos de quantidade e valor monetário dos nutrientes carreados superficialmente; f) apresentar todas essas informações ao usuário na forma de um relatório de impacto ambiental (FERNANDES, 1997; FERNANDES et al., 2003). Esse sistema é apresentado adiante como exemplo de integração de ferramentas para suporte ao processo de tomada de decisão.
Sistema especialista para identificação de fatores de mortalidade natural de estágios imaturos do bicudo-do-algodoeiro – Esse sistema especialista foi desenvolvido em linguagem C, versão acadêmica para seu objetivo (título). A partir de informações bioecológicas e de evidências deixadas pelo bicudo – ou pelos seus inimigos naturais – nas estruturas da planta do algodão atacadas, possibilita-se a identificação da fase de desenvolvimento na qual ocorreu a morte do inseto, assim como suas causas, tais como inviabilidade do ovo, dessecação, competição intraespecífica, predação, parasitismo ou doenças (PESSOA et al., 1993).
Exemplo de aplicação de um sistema especialista integrado
O sistema denominado Erosys (FERNANDES, 1997; FERNANDES et al., 2003) é um sistema inteligente de suporte à decisão que integra técnicas de SIGs, SEs, base de dados e modelagem matemática, para efetuar a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) de atividades agropecuárias em bacias hidrográficas.
O sistema promove a avaliação da aptidão agrícola das terras, utilizando a técnica de SE, avalia quantitativamente a erosão total e por cultura, utilizando a EUPS, identifica áreas de conflito entre o uso atual e potencial do solo, bem como áreas com perda de solo acima do limite de tolerância, recomenda práticas de manejo para conservação e manejo do solo, estima a perda de fertilizantes na área, considerando a quantidade e o valor monetário dos nutrientes carreados superficialmente, e apresenta todas essas informações ao usuário na forma de um relatório de impacto ambiental.
Para tal, o funcionamento do Erosys está dividido em quatro partes: avaliação da aptidão agrícola das terras, determinação da erosão total da área, cruzamento de informações e Relatório de Impacto Ambiental, que serão discutidas a seguir.
Módulo de avaliação da aptidão agrícola das terras
Esse módulo foi desenvolvido utilizando-se a técnica de SE, tendo como guia para construção da base de conhecimento do sistema a obra de Ramalho Filho e Beek (1995) – Sistema de Avaliação de Aptidão Agrícola. Apresenta dois mapas como resultados: um referente à aptidão agrícola da área de estudo e outro mapa resultante do cruzamento da aptidão agrícola com o uso atual do solo, para identificação das áreas que apresentam uso incompatível com sua aptidão.
As áreas que apresentam uso atual mais intensivo do que aqueles indicados pela avaliação de aptidão com o consequente comprometimento de sua sustentabilidade são identificadas pela cor vermelha. As áreas onde se verificam usos menos intensivos do que aqueles recomendados pelo sistema são identificadas pela cor laranja, indicando que elas poderiam ser utilizadas de forma mais intensiva desde que com o manejo correto. E, por fim, as áreas que têm o uso em consonância com a indicação da aptidão recebem a cor verde.
Esse módulo confere ao usuário um guia para o planejamento do uso do solo de uma dada área.
Módulo de determinação da erosão total
Esse módulo utiliza as informações solicitadas pela equação universal de perda de solo (USLE). Em virtude da disponibilidade desses fatores para o Estado de São Paulo, por meio do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a base de dados de cada fator da equação contém algumas informações já disponíveis para esse estado.
Os resultados desse módulo aparecem em dois mapas: a) mapa contendo o valor da erosão para toda a área; b) mapa de cruzamento da erosão com o limite de tolerância (LT).
As áreas que apresentam erosão maior do que o LT recebem a cor vermelha, representando aquelas áreas em que devem ser introduzidas práticas conservacionistas. As áreas em que a erosão é igual ao LT recebem a cor laranja, indicando áreas no limite máximo de perda de solo, enquanto as áreas em que o valor da erosão é menor que o LT recebem a cor verde, indicando tratar-se de áreas que apresentam uso sustentável.
Nesse contexto, esse módulo confere ao usuário a condição de determinar as práticas de conservação do solo mais apropriadas a uma dada área, pela possibilidade de simular cenários por meio da alteração de cada fator da equação USLE.
Módulo de relatório
Esse módulo fornece como resultado um Relatório de Impacto Ambiental, composto de três partes.
Na primeira parte são fornecidas ao usuário informações sobre a área de estudo, como: a) erosão total; b) erosão média; c) erosão média por cultura; d) áreas com e sem conflitos com a aptidão; e) áreas de erosão abaixo e acima do LT; f) percentagem de solo da camada de 0 cm a 20 cm perdida por ano; g) número de anos para perda total da camada de 0 cm a 20 cm; h) perda de potássio (K), fósforo (P), cálcio (Ca) e magnésio (Mg) por ano;
i) total desses nutrientes a ser reposto na área por ano; j) montante gasto com os nutrientes.
A segunda parte do relatório é o resultado do uso do método de rede de interação, mostrando os impactos ambientais da perda de solo em quatro níveis de identificação, como forma de conscientizar o usuário para os efeitos – nem sempre perceptíveis mas de extrema importância – da perda de solo.
A terceira parte apresenta um mapa de recomendação de práticas de manejo para a área, visando à sua sustentabilidade. Esse mapa é resultado da análise de modificações nos parâmetros da USLE. Inicialmente, o sistema considera modificações no manejo do solo para redução da taxa de erosão abaixo do limite de tolerância. Caso essa modificação não seja suficiente para se alcançar esse patamar, o sistema sugere então a construção de terraços com distâncias diferentes, a depender da declividade da área. O motivo dessa ordem de análise é de caráter econômico, uma vez que as modificações no preparo do solo implicam menor custo do que a construção de terraços.
Validação do SE
Para validação do SE, foram elaborados sete cenários hipotéticos e foram confrontadas as avaliações de aptidão agrícola, para cada cenário, determinadas por especialistas e pelo sistema Erosys.
Foram consultados cinco especialistas: dois professores do Departamento de Solos da UFV, um doutorando em solos da UFV e dois pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Solos da Embrapa, totalizando 35 avaliações.
Os especialistas receberam informações relativas a solo, classes de declive, saturação em bases e período seco ou vegetação original da área, e foi solicitada aos mesmos a indicação do grupo e do subgrupo que melhor representasse a aptidão agrícola para cada unidade de solo.
As análises foram efetuadas primeiramente verificando-se o grau de concordância entre os especialistas e o sistema, em nível de grupo e, posteriormente, em nível de subgrupo.
O Erosys, para as condições testadas, mostrou-se um instrumento viável para efetuar a avaliação da aptidão agrícola das terras, por apresentar um índice de concordância, em nível de grupo, de aproximadamente 75% com especialistas consultados. Esse nível de concordância foi bem superior quando analisado em nível de subgrupos.
Considerações finais
A partir do exposto neste capítulo, percebe-se que o uso dos sistemas de apoio à decisão na gestão ambiental – em particular, dos sistemas especialistas na agropecuária brasileira – ainda é tímido. Várias iniciativas foram registradas a partir dos anos 1990, mas poucas foram efetivamente incorporadas a práticas de gestão ambiental. Tal fato leva a acreditar que esses sistemas acadêmicos não estejam sendo realizados em parceria com empresas – ou não estejam sendo por elas incorporados após formulação – que tenham potencial para comercializá-los a preços acessíveis, fazendo com que todo esse valioso acervo tecnológico de conhecimento seja perdido. Os avanços registrados na proposição de Shells e de aplicativos voltados à melhoria da apresentação de uma interface mais amigável e agradável ao usuário, muitos desses de domínio público, vêm registrando uma aplicabilidade maior desses sistemas a várias áreas de conhecimento, muito embora para a agropecuária estejam sendo repetidas propostas de iniciativas já concretizadas.
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