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Título: Reação de cultivares de mamoneira ao fungo Amphobotrys Ricini.
Autoria: OLIVEIRA, A. A. R.
PRAZERES, A. G.
Afiliação: Antônio Alberto Rocha Oliveira, CNPMF; Angelo Gallotti Prazeres, CNPq.
Ano de publicação: 2009
Referência: Boletim Pecuário: conteúdo: artigos técnicos, 2009.
Conteúdo: O cultivo da mamoneira, inicialmente considerada uma atividade de pequenos produtores, especialmente no semi-árido baiano, passou a ser uma cultura explorada em grandes áreas do Brasil e atualmente, mediante a extração de seus produtos e subprodutos, representa um considerável potencial econômico para o país. Seu cultivo em larga escala, associado a cruzamentos espontâneos e ao alto índice de umidade relativa do ar, promoveram a disseminação do mofo-cinzento, que, além de reduzir significativamente a produtividade desta oleaginosa, contribuiu para utilização de agroquímicos, os quais além de onerar a ricinocultura, trazem malefícios para o meio ambiente. O mofo-cinzento tem como agente etiológico o fungo Amphobotrys ricini (Buchw.) Hennebert (sin. Botrytis ricini Godfrey), que é o principal responsável pela produção de inóculo e sua disseminação. Sua forma perfeita ou teleomórfica é Botryotinia ricini (Goldf.) Wetzel pertencente à classe dos Ascomycetes, ordem Heliotales e família Sclerotiniaceae. Como a maioria dos fungos, A. ricini apresenta distribuição bastante generalizada em função das condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento. Tem sido constatado no agreste nordestino, principalmente nos Estados da Paraíba e Pernambuco, registrando-se, neste último, alta ocorrência de plantas severamente afetadas, com índices de doença variando de 9,02 a 80,99%, em função da cultivar empregada (Lima & Soares, 1990). Após dispersão anemófila e entomófila, o fungo se dissemina através de seus esporos e rapidamente coloniza os frutos da mamoneira, causando inicialmente pequenas manchas de coloração azulada com exsudato amarelado. Em seguida, sob alta umidade relativa do ar e temperaturas (25ºC) as hifas se desenvolvem rapidamente, com elevada esporulação, conferindo a área afetada um aspecto pulverulento cinza com posterior frutificação do patógeno (Kimati, 1986). Segundo Drummond & Coelho (1981), não existem medidas de controle eficientes contra esta enfermidade e as cultivares existentes no Brasil não apresentam resistência a este fungo. Dentre as formas de controle usuais, recomenda-se a utilização de sementes sadias e o tratamento destas com formaldeído 40%. Rotação de cultura, eliminação de mamoneiras espontâneas e restos de cultura, utilização de maiores espaçamentos (Sichmann, 1972), emprego de cultivares resistentes (Sichmann, 1972; Kimati, 1986; Drummond & Coelho, 1981) e controle químico são outras maneiras encontradas para reduzir a disseminação deste patógeno. As pesquisas a respeito do mofo-cinzento da mamoneira são bastante incipientes, havendo necessidade de muitas informações acerca da resistência de genótipos em campo e sob condições controladas, assim como no uso criterioso de agroquímicos. Busca-se através desta pesquisa, contribuir para seleção e identificação de cultivares resistentes e/ou tolerantes ao mofo cinzento, principal problema fitossanitário da cultura, e definir um tratamento químico efetivo, com reduzido impacto ambiental. O estudo está sendo executado no Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal da Bahia e no laboratório de Fitopatologia da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, município de Cruz das Almas, Bahia. Estão sendo testadas seis cultivares: Azeitona de Irecê, Preta pernambucana, SIPEAL 28, SIPEAL 9, Mirante 10, BRS 149 - Nordestina, originadas da EBDA de Itaberaba-BA. Por serem mais resistentes às condições adversas, além do seu sistema de cultivo não exigir alta tecnologia e por permitir podas anuais, não necessitando de cultivos subseqüentes a cada ciclo, essas cultivares são indicadas para região onde predomina baixos e médios agricultores.
Thesagro: Doença de Planta
Fungo
Palavras-chave: Amphobotrys Ricini
Notas: Acesso em : 07 dez. 2009. Disponível em: <http://www.boletimpecuario.com.br/artigos/showartigo.php?arquivo=artigo1787.txt&tudo=sim>
Tipo do material: Artigo na mídia
Acesso: openAccess
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